Na hora de decidir que profissão seguir, o ideal é pesquisar muito para identificar afinidades
O ensino médio vai chegando ao fim e os estudantes começam a se preocupar com a escolha da carreira. Mas para muita gente, isso não é nada fácil! Daí vai dando aquele desespero... "Geralmente, o jovem vive o presente e não projeta o futuro. Quando chega em cima da hora tem que escolher e acaba entrando na universidade sem conhecer o curso e o próprio perfil", diz a psicóloga e supevisora de orientação vocacional da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Mariene Cardoso Ribeiro.
Mariene Cardoso incentiva a reflexão
(Arquivo pessoal) A orientadora afirma que é importante o jovem ter um papel ativo no processo de escolha da sua profissão.
"Muitos pais acham que ele vai fazer um teste vocacional e sair com um resultado na mão, mas não é assim", conta a psicóloga. Mariene dá o caminho das pedras para ajudar o estudante a tomar sua decisão.
1º passo - O jovem deve ter uma conversa franca com os pais e pedir ajuda para buscar informações sobre as profissões que gostaria de seguir. "A família tem que dar apoio. Não pode influenciar durante o processo nem pode ficar isenta. Tem que tirar dúvidas e participar", diz a orientadora.
2º passo - Se as dúvidas persistirem, o ideal é procurar um psicólogo. "O profissional vai ajudar o jovem a conhecer seu perfil e descobrir as características necessárias para cada carreira", conta Mariene. Ela lembra que muitas universidades públicas oferencem o serviço de orientação vocacional de forma gratuita ou com o pagamento de um valor simbólico.
3º passo - Procurar livros ou blogs que ajudem na escolha. Esses livros podem ser de autoajuda, técnicos ou de profissionais da área. Outra forma de obter informação é visitar os sites das universidades e procurar a descrição do curso.
4º passo - É importante conhecer a grade curricular para saber quais matérias são cobradas nos cursos e tentar encontrar aquela com que o jovem se identifique mais.
5º passo - Um dos pontos mais importantes, na opinião da psicóloga, é parar para refletir sobre seus gostos e sobre como lidaria com as situações apresentadas por determinadas profissões. "Para isso não basta fazer uma orientação vocacional. O orientador não dá respostas, mas é um facilitador do processo. O jovem tem que perceber seus sentimentos. Será que eu me sentiria bem fazendo isso?", diz Mariene.
6º passo - Estabelecer metas em termos de crescimento pessoal e profissional a curto, médio e longo prazos. Assim é possível a pessoa se preparar com cursos extras, como de línguas, por exemplo. "A profissão tem que dar prazer, senão a pessoa pode até ficar doente", afirma.
7º passo - Conversar com pessoas que já atuem na área. Por exemplo, se o jovem pensar em fazer Direito, deve bater papo com um advogado para saber como é o dia a dia do profissional e, também, assistir a uma audiência. O pulo do gato é conversar com outros estudantes que já estejam cursando a universidade para saber como eles lidam com o curso e que pontos eles acham positivos e negativos.
8º passo - Ter um "plano A" e um "plano B". "Se uma pessoa se prende a uma carreira pode se frustrar", diz Mariene.
Fonte: Site Malhação 2012